Era uma vez

   
     Era uma vez, em um reino muito distante, três meninas. Elas não eram princesas e muito menos rainhas. Eram simples camponesas. Meninas comuns com uma vida comum mas com algo a dizer para o mundo.
     Elas tinham dentro delas a vontade de se expressar mas ninguém as ouvia. Elas falavam, gritavam e era tudo em vão. Continuavam invisíveis.
     Não conseguiam ficar em silêncio, precisavam compartilhar seus pensamentos, mostrar ao mundo que também tinham algo a dizer, mas como se todos as ignoravam?
     Foi então que uma delas teve uma idéia. Escreveriam cartas e as soltariam ao vento, dessa forma, ele escolheria quem deveria ler, e então, o texto faria parte da vida de quem o encontrasse.
     E o vento as trouxe até aqui, ele o escolheu e as cartas são suas. Cuide bem delas :)

     "Era uma vez". Três palavras que levam a um mundo mágico. Afinal, quem nunca deixou-se levar por um conto de fadas quando pequeno?
      Os tempos mudaram. Aqueles livros que começavam com essa típica frase que nos indicavam um final feliz, tiveram que se adaptar à modernidade, mas não deixaram seus encantos para trás.
      As princesas, antes ingênuas, já não são mais assim, como por exemplo a Becky Bloom. Os príncipes não aparecem só no fim da história para salvar a mocinha, continuam a ser bonzinhos, mas agora são até protagonistas, como em Querido John. Seres místicos deram lugar a robôs ou a vírus mortais.

      Mas mesmo com todas essas alterações, os livros continuam com a mesma função: encantar e fazer você viver histórias impossíveis para o nosso mundo real.

Jessy e Ingrid